No Jardim de minha casa no Papequer, minha filha, Cecília, se balançava em uma rede de palha, presa aos ramos de uma acácia silvestre, que ao estremecer deixava algumas de suas flores cair.
Seus olhos azuis, meio cerrados, abriam-se de repente para se embeberem de luz, e fechavam-se novamente revelando suas pálpebras rosadas. Seus lábios, vermelhos e úmidos pareciam uma flor da gardênia, seu hálito doce e ligeiro exalava-se formando um sorriso. Sua pele macia e pura como um “froco” de algodão, tingia-se nas faces de cor-de-rosa. Seus longos cabelos louros, enrolados em tranças, caiam em volta de seu pescoço presos por uma rendinha finíssima de fios de palha cor de ouro.
Sentada ali, brincava com um ramo de acácias, observando as nuvens, e sonhando com que elas se abrissem e caísse aos seus pés um lindo cavalheiro com quem sonhara, porém lhe aparecerá um selvagem.
Era um tipo totalmente diferente do dela, brasileiro em toda sua graça, formosura, com o encantador contraste de “languidez” e macia, indolência e vivacidade.
Com seus olhos grandes e negros, rosto moreno e rosado, cabelos pretos, lábios desdenhosos, sorriso provocador, o que dava-lhe um irresistível poder de sedução.
Ao abrir os olhos, Cecília deparou-se com Isabel, minha sobrinha e sua prima, e as duas começaram a conversar. Logo após chegam ao edifício Sr. Álvaro e seus homens. E as duas dirigiram-se ao lado da entrada.
Há uma parte do texto que está ambígua. Não é possível saber se o "tipo brasileiro" de que se trata é o do "selvagem" (referência a Peri, que aparecerá mais tarde) ou o de Isabel, que de fato, era mestiça, filha de português com índia. O texto corresponde, em partes, ao cap. V da parte I.
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